Vendo: 3,50 euros - Tem 2 Fotos - Preço na Bertrand 14,40 euros; na Wook 14,40 euros

Título: A Paixão
Autor: Almeida faria
Editora: Caminho (O Campo da Palavra)
Páginas: 189

Sinopse:

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

Ler Almeida Faria é regressar, de outro modo, a Yoknapatawpha, a criação de William Faulkner para o implacável sul, essa paisagem de morte, infortúnio, exasperação e declínio. A Paixão é a reinvenção desse sul povoado de vozes que se sucedem e se contaminam. Não é por acaso que a stream of consciousness de Piedade anuncia a de João Carlos que anuncia a de Arminda que anuncia a da Mãe que anuncia a de André que anuncia a de Francisco que anuncia a de Jó que anuncia a de Tiago que anuncia a de Moisés que anuncia a de Estela, e assim sempre, com alguns sobressaltos e descontinuidades, num vórtice cruzado de tempos, qualia, experiência. Yoknapatawpha densamente povoada, cingida a uma duração que parece transbordar como negra densidade do tempo: «Manhã», «Tarde», «Noite». Ler Almeida Faria é compreender como só a palavra poderá fazer do espaço tempo, numa modulação do humano que é, afinal, uma lógica do sensível e do concreto em que as ideias são ideias do corpo, ideias no corpo, e em que o brilho metafísico do mundo é devolvido, como um eco sem origem ou cuja origem não poderá sequer ser ponderada. Tudo acaba em morte, mas também em ressurreição, a ressurreição do que não tem nome, ainda. A Paixão será porventura a mais espessa cortina de linguagem que a literatura portuguesa terá produzido na segunda metade do século XX. Podemos dizer, quase nostalgicamente, que já foi grande a escrita em português.
Luís Quintais

Críticas da Imprensa:

Todo o génio de Almeida Faria está na expressão rigorosa da fértil união entre o sagrado e o profano.
La Quinzaine Littéraire, França

Um livro de pura genialidade da juventude.
Eduardo Lourenço

Ao ler A Paixão de Almeida Faria no início dos anos 70, entrei em imediata comunhão com essa obra-prima, a ponto de colar ao Lavoura Arcaica, sem qualquer pudor, certas imagens e metáforas daquele poema em prosa.
Raduan Nassar

O seu segundo romance, A Paixão, possui as mesmas qualidades literalmente espantosas de Rumor Branco, sendo ao mesmo tempo mais despojado e mais apaixonado; desta vez a severidade é implacável, e a composição aposta numa disciplina exemplar.
Books Abroad, EUA

Na minha geração, lembro-me de sair A Paixão de Almeida Faria e eu com 19 anos a pensar: Nunca chegarei aos calcanhares deste homem.
António Lobo Antunes

Autor:

Benigno José Mira de Almeida Faria, conhecido como Almeida Faria, nasceu em Montemor-o-Novo, 6 de Maio de 1943. É um escritor português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Montemor-o-Novo.

Viveu como escritor residente (1968/1969) nos Estados Unidos (International Writing Program, Iowa City) e em Berlim, onde fez parte do Berliner Künstlerprogramm no qual participaram, entre outros, Witold Gombrowicz, Michel Butor, Michel Foucault, Peter Handke e Mario Vargas Llosa

Os seus romances foram objecto de várias teses universitárias na Itália, Holanda, Brasil, França e, mais recentemente, também em Portugal.

C/Olx