Profissional
Tipo: Romance
Descrição
A Vida Materialinaugura um género novo: arrumável em qualquer parte entre a confissão diarística e o andamento de uma crónica, suspenso entre L' Été 80 e Outside. Reúne textos ditos a Jérôme Beaujour (co-autor, com Jean Mascolo, dos posfácios à edição crítica em vídeo dos filmes de Duras); esses textos, ela abreviou-os, reescreveu-os, e apresenta-os assim: «Nenhum reflecte o que eu penso em geral do assunto abordado porque eu não penso nada em geral de nada, a não ser da injustiça social. O livro representa, quando muito, o que eu penso certas vezes, em certos dias, de certas coisas. Portanto representa também o que eu penso».
As pessoas geralmente quando pensam tendem a produzir um número importante de lugares comuns, Marguerite Duras nunca.
É possível entrarmos no universo dela, ou ficarmos no outro, o das banalidades, inúteis e excedentárias: há universos que não são compatíveis, como na ficção científica. Duras tem essa faculdade de fazer com que, falando da Vida Material — da arrumação e de uma casa, das mulheres, dos homens, dos livros e dos amantes, da homossexualidade e da morte — tudo o resto passe a ser tão insignificante que se torna inverosímil. E que no fim faça impressão ver a calma com que os outros continuam a viver. A violência da calma.
As pessoas geralmente quando pensam tendem a produzir um número importante de lugares comuns, Marguerite Duras nunca.
É possível entrarmos no universo dela, ou ficarmos no outro, o das banalidades, inúteis e excedentárias: há universos que não são compatíveis, como na ficção científica. Duras tem essa faculdade de fazer com que, falando da Vida Material — da arrumação e de uma casa, das mulheres, dos homens, dos livros e dos amantes, da homossexualidade e da morte — tudo o resto passe a ser tão insignificante que se torna inverosímil. E que no fim faça impressão ver a calma com que os outros continuam a viver. A violência da calma.
ID: 652380073
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