"I. R. $. - 2 Álbuns num Volume
Internal Revenue Service"
de Vrancken e Desberg

2 Álbuns num Volume

1 - A Investigação

Larry B. Max trabalha no departamento especial de I.R.S. ( Internal Revenue Service ), órgão todo-poderoso de cobrança de impostos nos Estados Unidos...

Lendo os circuitos de fuga e lavagem de dinheiro como um pianista virtuoso, uma partitura de Mozart, Larry tem todos os recursos de TI para demonstrar os vínculos entre grandes fortunas e grandes crimes. Um dos arquivos mais delicados com os quais ele tem que lidar é o de um judeu americano rico, conhecido por seu compromisso com a recuperação de propriedades confiscadas pelos nazistas. Descascando os relatos desse bilionário, Larry começa uma subida perigosa às origens misteriosas de sua imensa fortuna.

2 - A Estratégia Hagen

O arquivo « Moshe Geldhof » é um dos mais delicados que Larry B. Max está no comando. Conhecido e respeitado por seu compromisso ao longo da vida com a cruzada de recuperação de ouro e prata confiscada pelos nazistas, esse rico judeu americano parece intocável. No entanto, o assassinato em Los Angeles de um ex-funcionário do Union of Swiss Banks parece ter sido patrocinado por um de seus parentes ! A investigação de Larry sobre a origem dos bilhões de Geldhofs é perigosa. A pista o levou a Berna, onde ele descobriu eventos horríveis relacionados ao campo de extermínio de Auschwitz. Ele aprendeu lá acima de tudo que antes da Libertação, negociações sinistras com os banqueiros faziam a fortuna de certos carrascos em fuga...

Edição de 2011
Asa Editores/Público
Coleção Os Incontornáveis de Banda Desenhada nº 6
96 Páginas

O I.R.S (Internal Revenue Service), é o organismo da Administração americana responsável pela colecta de impostos nos EUA. O Agente especial do I.R.$, Larry B. Max, é um reputado perito no desmantelamento de circuitos de evasão fiscal e de branqueamento de capitais. Tem a seu cargo alguns dos dossiers mais sensíveis, dispõe de todos os meios informáticos necessários e está na primeira linha da luta contra o dinheiro sujo e as mais intrincadas fraudes fiscais. A série I.R.$ constitui assim um empolgante thriller de contornos bem actuais, cuja acção gira em torno de um herói incorruptível mas muito menos desinteressante do que parece.

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Stephen Desberg (Argumentista, n. 1954) estava destinado a fazer carreira na área da música, mas quis o destino que se lhe apresentasse a oportunidade de experimentar a banda desenhada, tanto através de histórias curtas para a revista Tintin como por via de séries para o grande público na revista Spirou. De entre estas últimas, merece talvez destaque especial a série Billy The Cat, que foi mais tarde adaptada a deseho animado com a colaboração de Colman. Deixando-se cativar pela BD, assina depois os argumentos de uma série de sumptuosos álbuns soltos com o saudoso Will. Estes dão início a uma transição rumo a um cada vez mais acentuado realismo, registo em que Desberg virá a notabilizar-se. Nascido em Bruxelas de pai americano, seguiu sempre com atenção a actualidade do seu “outro país” e reflectiu longamente sobre a natureza profunda dos Estados Unidos. Foi destas reflexões que nasceram séries como I.R.$., Tosca, Black OP, Rafales ou Sherman. Grande apaixonado pela História, Desberg troca de boa vontade o presente pelo passado, indo da Roma Antiga de Cassio ao faroeste de L’Étoile du Désert, passando pela Itália do século XVIII com Le Scorpion. Todas estas séries, porém, estão ligadas pelo seu desejo inato de questionar a natureza humana, a sua necessidade de acreditar em alguma coisa e a sua capacidade de utilizar o mito (seja ele histórico ou religioso) como ferramenta política. Sempre proactivo, tenta igualmente fazer evoluir o modo de criação das bandas desenhadas franco-belgas, criando séries paralelas à série I.R.$. com os projectos All Watcher, I.R.$. Team ou ainda a ambiciosa Empire USA, esta última criada com nada mais nada menos do que seis desenhadores.

Bernard Vrancken (Desenhador, n. 1965, Bélgica) desenvolve desde muito cedo um apurado sentido estético, o que o leva a uma incessante busca do “belo”, que ele explora incansavelmente através do desenho. Precoce, distingue-se rapidamente, de tal forma que publica as suas primeiras pranchas na revista Tintin com apenas 16 anos. Facto tanto mais assinalável quanto se reporta a alguém que é totalmente autodidacta. Alguns anos mais tarde tem um encontro determinante na sua vida: Stephen Desberg, em fase de transição rumo a um registo cada vez mais realista. É precisamente nesse registo que os dois iniciam a sua colaboração, ajustando-se mutuamente ao longo dos quatro volumes de Le Sang Noir. Já em sintomia perfeita, a dupla reaparece depois com I.R.$. Rapidamente, as investigações financeiras de Larry B. Max alcançam um lugar cimeiro no panteão da BD, chegando mesmo a atravessar o Atlântico. Um sucesso que leva Vrancken a tentar superar-se um pouco mais a cada dia que passa, o que seguramente está na origem da sua decisão recente de acrescentar aguarela à sua linha clara e elegante, obtendo um resultado com uma profundidade espantosa. Esta técnica está também presente na série H.ELL., fruto da sua mais recente colaboração com Stephen Desberg, o que só vem comprovar que o talento também se pode ir apurando com os anos.

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