Maurice Rollinat- Les Névroses.
Bibliothèque-Charpentier; Paris. 1904. Capa dura. 399 págs.
Encadernação de época com lombada sintética decorada com ferros a ouro. Assinatura de posse na página de rosto mais ou menos da altura.

ps: preço não inclui portes. Não envio à cobrança. Não me responsabilizo caso não vá registado.

sinopse:
“Les Névroses (1883), de Maurice Rollinat exibe uma característica distintamente original enquanto obra poética já que se baseia em dois tipos de inspiração geralmente considerados opostos: o artificialista da poesia decadente, por um lado, e a do naturalista, da poesia rústica, por outro. Uma leitura atenta da obra sugere que as relações entre estas duas tendências poéticas devem ser concebidas não apenas em termos de oposição, como normalmente fazem os críticos, mas também em termos de hibridismo na sua tentativa de retorno, claramente decadente, à natureza.
Através deste gesto estético, Rollinat amplia o “tremor” da sensibilidade moderna à ordem natural. Ao fazê-lo, permite a utilização de motivos pastorais e animalistas que normalmente se encontram excluídos da representação poética da modernidade fin-de-siècle. Por outro lado, oferece uma nova possibilidade de revitalização ou regeneração do paradigma poético baudelairiano. Postularemos que o facto de esta possibilidade permanecer, em última análise, inexplorada por outros poetas e de Rollinat ter vindo a ser associado, tanto aos olhos dos seus contemporâneos como na memória da posteridade, a um epígono infeliz de Baudelaire, poderia ser atribuído a duas razões: o seu ethos poético geralmente mal adaptado à estética decadente e, mais importante, o radicalismo do seu esforço que leva a lógica decadente da sensação a um ponto de autocontradição insustentável”